sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Por que você não apoiaria este projeto?

Quase 250 mil pessoas votaram em Uberlândia na eleição de 2016 e não elegeram você. Na verdade não elegeram ninguém. Apenas outras 89 mil pessoas votaram nos atuais vereadores e vereadoras. 

Existe um universo de 250 mil votos para serem conquistados e ninguém aproveitou

Por que você não apoiaria este projeto? - Existe um universo de 250 mil votos para serem conquistados e ninguém aproveitou | qimono/pixabay

E esse universo pode fazer a diferença entre disputar votos com outros 600 candidatos e a construção de relacionamento com o eleitorado.

O eleitor não conhece ou tem um conceito equivocado dos candidatos, mas os candidatos também não conhecem seu eleitorado.

Significa que apesar do crescimento dos votos nulos, brancos e abstenções que inclusive reduziram o número de votos válidos de 2012 para 2016, ainda existe muita gente que vota em alguém.

Esse eleitor que não qualifica seu voto, que vai na onda dos amigos e parentes, que usa mesmo a lista de candidatos afixada nas seções eleitorais, pode vir a ser seu eleitor.

Basta que ele comece a tomar conhecimento do seu trabalho através de você mesmo. As informações políticas e dos políticos chegam em sua grande maioria ao conhecimento do público através da TV e jornais e hoje em dia com cada vez mais força pela internet e muitas vezes sob uma ótica antagônica ao que seria de esperar por parte do político.

Quando você fala do que fez e faz, tanto no mundo real, quanto na internet, mais fácil se torna rebater qualquer calúnia ou notícia negativa sobre você.

Nosso trabalho está direcionado ao eleitor e a formação de consciência política e exercício da cidadania e consequentemente um voto mais consciente.

Por essa razão seu apoio ao meu trabalho abre uma grande possibilidade de um número maior de votos em 2020 e mais consistência no relacionamento com o eleitor.

Pedro Reis é jornalista, ambientalista e artista plástico. Editor do FarolCom e do FarolCom Inteligência

Pedro Reis
FarolCom Inteligência (FCI)

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Construa autoridade na internet ou ela te devora

Ninguém tem dúvida que a internet está absolutamente inserida em tudo na nossa vida. O que era feito no passado de maneira analógica, está tudo lá. Este texto mesmo, levaria pelo menos 24 horas entre ser escrito e divulgado num jornal, por exemplo, mas vai chegar a muitos destinatários, tão logo eu o publique. Essa é a velocidade.

Você precisa se manter vivo na rede, caso contrário, alguém vai fazer esse papel por você

Construa autoridade na internet ou ela te devora - Você precisa se manter vivo na rede, caso contrário, alguém vai fazer esse papel por você | pixabay

E da mesma forma que a informação verdadeira, a falsa ou distorcida chega do mesmo jeito e o que era um evento simples e até corriqueiro pode se transformar num imenso transtorno. O fator que muda é o da velocidade e esse é o “x” da questão.

A imprensa em especial se perdeu exatamente porque quis acompanhar a internet, quando deveria ser o contraponto, a referência, de modo a poder oferecer uma versão um pouco mais verossímil de qualquer fato ocorrido na sociedade.

Usar a internet em vez de navegar na corrente, usando a mesma falta de apuração que qualquer cidadão, bem ou mal intencionado tem quando pega seu smartphone e registra e divulga qualquer acontecimento sem se preocupar em apurar. A síndrome do “furo de reportagem”.

Concorrer com todos os participantes da rede, fez com que a imprensa se igualasse aos fabricantes de carruagem quando do surgimento do automóvel. (Leia Miopia em Marketing de Teodore Levitt)

A “Era da Comunicação” deixou o bom senso no século passado e vai deixando seu rastro de destruição.

Só para lembrar, se acontecesse hoje, o caso da “Escola Base”, seus donos estariam mortos no dia seguinte. E como se sabe, eles eram inocentes. (pesquise no Google)

Uma reportagem mal conduzida pode acarretar danos imensos ao participante, exatamente pela síndrome do “furo”. As pessoas pegam um trecho pretensamente engraçado, trágico, curioso e o transformam no que se conhece como “meme” e uma legião ensandecida, replica e multiplica em quantidades incontáveis o que pode estar completamente fora do contexto. A mancha vai ficar para sempre.

Contra esses desastres existe a “criação da autoridade” na rede, pois em tempos de internet, nada é pequeno ou insignificante, nada pode ser subestimado. As informações ficam conhecidas muito mais rápido do que compreendidas, confirmadas ou negadas e dificilmente e quando não, eternamente incorrigíveis.

Quando e se acontece um evento, o contraponto já está firmado nos mecanismos de busca e assim fica um pouco mais fácil gerenciar a crise, embora ela se instale prontamente.

Criação de autoridade na rede

É o registro da sua trajetória, seu trabalho, suas publicações, seu conteúdo, na medida em que acontecem, para que fiquem registrados e localizáveis pelos mecanismos de busca.

Uma vez registrados, sempre se poderá conferir as datas e a natureza da informação de modo que se possa confrontar eventuais informações conflitantes.

Sim, você precisa se manter vivo na rede, caso contrário, alguém vai fazer esse papel por você sem que se possa ter controle sobre os resultados.

Aos leitores

Por muito que se tenha dito, fica o alerta para que se tenha uma postura na internet que inclua a checagem de qualquer fato e seu contexto, ouvir e ver mais de uma fonte, de preferência contrastantes.

- Qual a intenção por trás dessa informação?

- Por mais que pareça verdadeiro, duvidar primeiro e averiguar.

- Lembre que algorítimo não tem sentimentos.

- Hoje você achou engraçado, amanhã ou até antes do almoço, a piada pode ser você.

- Não se ganha nada compartilhando coisas com as quais você não teve contato, não sabe do que se trata, não percebeu o contexto em que aconteceram.

- Não assassine reputações pelo simples “prazer” de participar da “brincadeira”.

- Sempre tem alguém olhando. A Justiça aceita print de tela como prova.

- Assista este vídeo até o fim e pondere qual dos personagens é você.

Pedro Reis é jornalista, ambientalista e artista plástico. Editor do FarolCom e do FarolCom Inteligência

Pedro Reis
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quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Cada dia desperdiçado agora vai fazer toda a diferença na eleição

Os números do próprio Tribunal Superior Eleitoral, mostram o crescente desinteresse do eleitor e a pulverização do voto. Acreditar que falta muito tempo para preparar sua candidatura é um grande erro. O processo eleitoral é dinâmico e permanente e não se limita a pedir voto e esperar pelo resultado. É uma atividade diária e interminável

Se você tem a pretensão de concorrer ao pleito de 2020 e ainda não começou seu trabalho para mostrar aos eleitores que você é uma opção concreta e verdadeira, acelere o passo. O tempo voa

Cada dia desperdiçado agora vai fazer toda a diferença na eleição - Se você tem a pretensão de concorrer ao pleito de 2020 e ainda não começou seu trabalho para mostrar aos eleitores que você é uma opção concreta e verdadeira, acelere o passo. O tempo voa | xaviandrew/pixabay

O que a internet pode fazer por uma campanha de sucesso?

A internet não será a salvação da lavoura. Ela será uma ferramenta importante, mas são necessárias outras ações em primeiro lugar.

Portanto se você tem a pretensão de concorrer ao pleito de 2020, quando serão eleitos prefeitos e vereadores e ainda não começou seu trabalho para mostrar aos eleitores que você é uma opção concreta e verdadeira, acelere o passo. O tempo voa.

Por outro lado, hoje e cada vez mais, um candidato de sucesso precisa reunir três características fundamentais:

Você precisa ser conhecido
Você precisa ser reconhecido como liderança
Você precisa ter uma história e que esteja alinhada aos interesses sociais

Sem esses três atributos, você vai desperdiçar tempo e dinheiro.

Campanhas eleitorais antigas custavam muito caro, davam margem para a corrupção (compra de voto) e geravam poluição sonora, visual e ambiental. Outro fator é a completa impessoalidade na relação político X eleitor. Quantos dos seus eleitores você conhece pelo nome e de quantas demandas sociais efetivas você tem plenas informações?

As campanhas dentro do cenário que se desenha nos últimos três pleitos mostram que os candidatos estão numa corda bamba. O mundo mudou.

Agora você também vai precisar de disposição para se relacionar diretamente com as pessoas, ouvir as pessoas e ter a humildade de mostrar as limitações do cargo que você pretende ocupar.

Vai precisar construir autoridade na vida real e na internet, deixando registrado tudo aquilo que estiver fazendo e em consequência se tornar vitrine permanentemente.

E principalmente falar sempre a verdade.

Números eleitorais interessantes em Uberlândia nas últimas três eleições

Candidatos por vaga - Aumento da disputa

341 candidatos em 2008 para 21 vagas
16,23 por vaga

651 candidatos em 2012 para 27 vagas
24,11 por vaga

687 candidatos em 2016 para 27 vagas
25,44 por vaga

Nulos, brancos e abstenções - Aumento do desinteresse do eleitor

2008 - 83477 para um eleitorado de 396682
21,04%

2012 - 100724 para um eleitorado de 444792
22,64%

2016 - 140057 para um eleitorado de 478250
29,28%

Votos válidos que não elegeram - Votos perdidos pelos eleitos

2008 - 220118 - 70,27% de um total de 313205
2012 - 248418 - 72,20% de um total de 344068
2016 - 249183 - 73,68% de um total de 338193

Votos válidos que elegeram - Diminuição da representatividade

2008 - 93087 - 29,72% de um total de 313205
2012 - 95650 - 27,79% de um total de 344068
2016 - 89010 - 26,31% de um total de 338193

Média de votos dos eleitos*

2008 - 4432 votos por eleito
2012 - 3542 votos por eleito
2016 - 3296 votos por eleito

*Significa que mais candidatos tiveram somas expressivas de voto e não foram eleitos por conta do sistema de apuração.

A tendência é que esses números sigam em progressão, tornando a tarefa de ocupar um cargo no legislativo municipal muito mais difícil.

A partir de agora você terá 2 anos e 10 meses para trabalhar o seu eleitorado e dar visibilidade para as causas que você defende desde que elas estejam alinhadas com os interesses sociais.

E você vai investir muito menos dinheiro para consolidar esse esforço operacional. Vai ter votos verdadeiros, limpos, com nome, endereço e telefone, vai ter uma base sólida com a qual trabalhar e ser realmente reconhecido como representante legítimo da população. E o mais importante, não vai depender do voto de terceiros, nem de trocar favores por apoio o que em geral acaba por inviabilizar um eventual mandato.

A internet vai ter um papel preponderante nessa jornada, mas ela vai precisar refletir suas ações.

A primeira parte do trabalho é atender aos três primeiros tópicos:

Você precisa ser conhecido
Você precisa ser reconhecido como liderança
Você precisa ter uma história e que esteja alinhada aos interesses sociais

A segunda parte do trabalho é construir sua autoridade dando visibilidade às suas ações publicando num blog próprio ou site, tanto o seu pensamento quanto as demandas do grupo social ao qual você pertence e que comunga de suas ideias. Estabelecer um ou mais canais de comunicação direta e frequente com esse público

A terceira parte é utilizar as redes sociais para dar publicidade dessas ações.

Exatamente nessa ordem.

- Se você está exercendo um mandato de vereador, nosso trabalho vai aprimorar e fortalecer suas ações para uma possível reeleição.

- Se você não conseguiu ser eleito na eleição anterior, nosso trabalho vai aprimorar sua rotina de trabalho, dar visibilidade às suas ações e aumentar muito suas chances de ser eleito.

- Se você não se lançou candidato, mas tem as qualidades citadas, disposição e pretensões políticas, nosso trabalho vai dar a diretriz para uma campanha bem feita.

Se como nós, você quer um Brasil melhor, governado com responsabilidade e ética, justo para todos os brasileiros e está preparado para enfrentar esses desafios, nós somos o parceiro operacional que você precisa.

Pedro Reis é jornalista, ambientalista e artista plástico. Editor do FarolCom e do FarolCom Inteligência

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A métrica da vaidade

A internet é um meio poderoso e absolutamente indispensável por conta de todas e tantas possibilidades que abre em múltiplas direções. Como tudo até ela, nasceu analógica utilizando o paradigma mecanicista, linear, de mão única e em pouco mais de 20 anos deu saltos exponenciais, como nenhum evento anterior nos 20 séculos anteriores. A linha condutora da vida humana em sociedade


Postagens nas redes sociais podem até fazer sucesso com frases de efeito e registros fotográficos de coisas acontecendo, mas ficam por aí, não criam engajamento

A métrica da vaidade - Postagens nas redes sociais podem até fazer sucesso com frases de efeito e registros fotográficos de coisas acontecendo, mas ficam por aí, não criam engajamento

Hoje, muito além do famoso "www" o conceito de rede se espalha por todas as atividades humanas e nada do que você e qualquer pessoa com mais de 25 anos conheceu, será do mesmo jeito.

Recentemente coloquei a questão política e as redes sociais num artigo e vou ampliar o raciocínio aqui.

Tratei da questão da invisibilidade que as redes sociais acabam promovendo, simplesmente porque faltam dois elementos:

- anterior, a causa

- posterior, a solução

Pessoas não se envolvem em nada que não toque seus corações e mentes, que não vá direto ao ponto, que pelo menos sinalize uma solução, qualquer que seja, que atenda a necessidade básica que aquela pessoa tem.

A política se afastou das pessoas por não falar a mesma língua e as redes sociais alargaram esse abismo.

A métrica da vaidade

Métricas são sistemas para quantificar tendências, comportamentos e outras variáveis que vão permitir que se avalie o desempenho de uma determinada ação e se essa ação está alcançando e envolvendo o público alvo. Vale para produtos, campanhas políticas, oferecimento de serviços e qualquer outra atividade que necessite de validação por parte dos usuários, conumidores, eleitores e por aí vai.

Postagens nas redes sociais podem até fazer sucesso com frases de efeito e registros fotográficos de coisas acontecendo, mas não criam engajamento.

Número de seguidores, curtidas, compartilhamentos e comentários não significam compromisso. Por exemplo, a página do Facebook do Aécio tinha 4 milhões de seguidores e a da Dilma 2,7 milhões e foi ela quem ganhou.

A condição fundamental para que uma rede social possa trazer benefícios é suportada por três pilares prévios:

- O conteúdo tem que ser relevante e inédito.

- Quem posta tem que ser reconhecido como liderança.

- O assunto precisa estar em sintonia com temas de interesse da sociedade e precisam oferecer caminhos para a solução.

Temas abordados de maneira genérica, por importantes que sejam, não vão induzir o cliente/internauta a interagir e quem sabe engrossar a fileira de modo consistente se esses três pilares não forem absolutamente perfeitos e sincronizados.

O grande erro está em achar que número de seguidores, curtidas, compartilhamentos e comentários são um sinal de sucesso.

As redes sociais serão úteis apenas se existir uma causa prévia, os três pilares estiverem sincronizados e as pessoas tiverem para onde ir depois de tomar conhecimento do tema.

A crise institucional

Os temas políticos perderam muito do interesse dos cidadãos, basta acompanhar o noticiário para se ver o descrédito que a atividade vive hoje e nas redes sociais, todos, os bons e os maus políticos acabaram na mesma gaveta. Os próprios dados do TSE - Tribunal Superior Eleitoral, mostram que há um distanciamento do cidadão na hora do voto.

Exemplo de Uberlândia

Em Uberlândia, o número de eleitores subiu menos que a quantidade de ausências, nulos e brancos.

Em 2012 esses votos perdidos eram 100.724, em 2016 eram 140.057 um aumento de 39.333 e o eleitorado cresceu em 33.458. Isso significa menos 5875 eleitores. Menos votos válidos, menos votos naqueles que se elegeram, mais pulverização entre os mais de 600 candidatos que concorreram ao cargo de vereador.

A Câmara de 2012 foi eleita com 95.650 votos, a de 2016 com 89.010, ou seja 6.640 votos a menos.

Por outro lado em 2012, 248.812 e em 2016, 249.183 eleitores, pulverizaram seu voto entre candidatos que não foram eleitos. E nesse último caso, esses votos poderiam eleger mais três Câmaras.

Ainda há a questão da média de votos dos eleitos. Em 2012, a média dos 27 eleitos foi de 3542 votos cada e em 2016 essa média foi de 3296. Mais pessoas receberam votos, tornando a disputa muito mais acirrada.

Na minha visão isso mostra que o eleitor em geral não acompanha ou não se interessa em quem vai votar, pelo simples motivo que não conhece as histórias.

Onde a internet entra nisso?

1 - Uma causa

2 - Os três pilares citados acima

3 - Canais eficazes de distribuição de informação (blogs, sites)

4 - Feedback segmentado do público

Como fazer acontecer?

1 - Profissionais capacitados

2 - Ferramentas de comunicação

3 - Corpo a corpo pelo menos semanal com sua base

Conclusão

Tem muito político bom de serviço e eu digo, são maioria e tem muita gente que ainda vota, mas não acompanha, não conhece e não se importa em quem vai votar e esses são maioria.

Da parte de quem precisa de voto é questão de entender a mensagem.

Da minha parte sigo pesquisando, estudando e compartilhando as conclusões.

Pedro Reis é jornalista, ambientalista e artista plástico. Editor do FarolCom e do FarolCom Inteligência

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Importante exercer a cidadania

Nesta próxima quinta-feira, 30 de novembro, encerro uma das empreitadas mais importantes na minha já longa trajetória profissional


Eu sou municipalista de longa data, por entender que o ente federativo mais importante de um país é a cidade

Importante exercer a cidadania - Eu sou municipalista de longa data, por entender que o ente federativo mais importante de um país é a cidade | arquivo pessoal

Durante oito anos na chefia da seção de jornalismo da Câmara Municipal de Uberlândia, tive a oportunidade de viver a experiência de servidor público, conhecer as responsabilidades, limitações e os apuros de atender da melhor forma tanto os colegas quanto aos vereadores e vereadoras.

Uma honra pelos tantos professores entre colegas e vereadores que me ofereceram a visão por diferentes prismas, do processo de construção das leis e toda a diplomacia envolvida nessas questões. Todas as discussões pela ótica de oposição X situação, naquilo que resulta no funcionamento das cidades.

Eu sou municipalista de longa data, por entender que o ente federativo mais importante de um país é a cidade, o lugar onde tudo realmente acontece, onde se produz, onde se vive, onde se ganha o pão, onde se constitui família, tenhamos nela nascido ou escolhido em dado momento da vida.

Uma lei, por simples que seja, percorre um longo caminho entre a percepção de uma determinada questão e a votação em plenário e consequente sanção pelo prefeito ou promulgação pelo presidente da Câmara, conforme a natureza e circunstância do assunto em questão.

A Câmara Municipal é um lugar onde as ideias fervilham e conflitam, onde o fundamento jurídico precisa encontrar o anseio de um ou de vários setores da sociedade e a oposição daqueles que enxergam a matéria por outro viés, para que em dado momento se chegue a um consenso e se crie ou não e até se revogue ou se corrija uma determinada lei.

Não é tarefa simples e quem nela trabalha precisa acompanhar esse vulcão.

Pelo Brasil e em Uberlândia não é diferente, a galeria, reservada à população, muitas vezes está vazia, falta o cidadão.

Não aquele que organizado em grupo, sempre lota os espaços, quando da apreciação de matéria de seu interesse, mas o indivíduo, estudante, trabalhador, dona de casa, profissional liberal, que na minha visão deveria reservar um tempo e se familiarizar com o lugar onde os destinos da cidade, nossa casa, nosso papel na sociedade, são discutidos e decididos.

A participação dos cidadãos desde o voto até a conclusão dos mandatos é fundamental para amadurecer e ampliar o debate e contribuir tanto para a arrecadação quanto a destinação das verbas ao longo dos quatro anos e mesmo a projeção para o futuro e a qualidade das políticas públicas em curso ou por implantar.

Aquelas mulheres e homens que se reúnem para defender ou contestar ideias e leis vigentes, que às vezes brigam, às vezes se juntam numa roda, que usam a tribuna para denunciar ou aplaudir, que divergem ou concordam, estão em suma, representando a vontade de todos aqueles (nós) que a cada quatro anos renovam ou cancelam esse direito.

O Brasil passa por um momento delicado de sua história e um descrédito generalizado nas instituições.

Na minha visão, o começo da mudança é a participação das pessoas na rotina política e social das cidades e a Câmara Municipal é o lugar absolutamente adequado para que isso aconteça.

Aproxime-se do vereador ou vereadora que você elegeu, informe-se sobre os trabalhos que realiza e em quais causas está envolvido. Mesmo que o seu voto não tenha sido contemplado com uma cadeira na casa legislativa, busque conhecer os que estão lá.

Em tempos de internet com tanta informação vazia e muitas vezes falsa ou sensacionalista é importante buscá-la na fonte, sempre. Todos estão empenhados em oferecer o seu melhor.

Penso que será uma experiência rica e positiva, como foi a minha nesses oito anos que trabalhei lá. Esse envolvimento resulta em exercício da cidadania, tão importante para recolocar o nosso amado Brasil nos eixos outra vez.

Agora, aqui de fora, vou me empenhar em fazer a ponte entre o que se discute lá e o que as pessoas pensam e sentem e espero ser bem sucedido mais uma vez.

E quero vocês todos junto comigo. Sejam bem vindos.

Pedro Reis é jornalista, ambientalista e artista plástico. Editor do FarolCom e do FarolCom Inteligência

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Os salvadores da pátria e o precipício

A primeira sensação que vem é a do precipício. Agitando os braços loucamente, os salvadores da pátria estão nas margens de rio caudaloso chamado Brasil, oferecendo toda a sorte de bugiganga ideológica, como se o país fosse um imenso mercado de peixe. Nós, enquanto isso, boiamos ao sabor da correnteza, tendo a nítida impressão que é o precipício mesmo o nosso destino.

Colocar as coisas em ordem é tarefa para um presidente arrojado e que saiba se cercar de gente tão ou mais competente que ele

Os salvadores da pátria e o precipício - Colocar as coisas em ordem é tarefa para um presidente arrojado e que saiba se cercar de gente tão ou mais competente que ele | StockSnap/pixabay

Não precisamos de salvadores da pátria, não precisamos de populistas, nem de covardes e arrogantes que prometem o impossível para ter o doce prazer de sentar na cadeira mais cobiçada do país.

A hora é de dizer não.

O Brasil tem problemas imensos de abandono, obras não concluídas, coisas feitas pela metade, frutos do imediatismo populesco que tampa o Sol com a peneira e não resolve as questões de infraestrutura que minam todos os esforços de desenvolvimento por aqui.

É de se lembrar que mais da metade da população não tem acesso a saneamento básico, o que na minha visão constitui o aspecto mais desumano dentro dessa absoluta e centenária falta de planejamento.

Temos a corrupção como norma suprema vigente, desde as mais diminutas ações até as grandes obras que ou bem param pelo caminho, ou levam décadas para entrar em funcionamento. Não raro com problemas de infraestrutura.

Então, penso eu, é importante que se resolvam as questões estruturais dos portos, aeroportos, linhas férreas, rodovias, sistema de saúde, saneamento, geração de energia, mobilidade urbana, educação e trabalho, antes de se estender a área urbana das cidades o que só aumenta o problema, antes de inventar moda para ser eleito.

Nesse emaranhado de coisas incompletas que fazem o país parecer um Frankenstein, inverter a ordem das coisas devolvendo o poder e a arrecadação aos municípios em primeiro lugar e às unidades da Federação em segundo e só no fim da linha ao Governo Federal é que vai começar a reverter o modelo centralizador e anacrônico do Brasil.

Pensar que em Brasília se decidam políticas públicas para aplicação de norte a sul é a coisa mais sem pé nem cabeça que pode existir. O desenvolvimento do país é esse Frankestein por conta disso.

Colocar as coisas em ordem é tarefa para um presidente arrojado e que saiba se cercar de gente tão ou mais competente que ele e não de falastrões oportunistas que querem impôr a própria vontade de seus egos inflados achando que dando é mais fácil do que ensinar a fazer.

Fomentadores da miséria para justificarem sua pseudo bondade, seu pseudo altruísmo. Mantenedores da política do "um pé de bota antes de eleito e o outro depois". Acredito que os brasileiros estão fartos disso, embora muitos ainda apoiem esse estado de coisas.

Precisamos de um administrador, de alguém que saiba o que deve ser feito e que tenha experiência larga nessas questões.

Nem galãs, nem pai do povo, nem mamãe, nem rostinho bonito, nem bravatas iradas.

Precisamos de um administrador.

Que coloque o Estado do tamanho certo e das atribuições específicas de organização e hierarquia como numa grande empresa. Distribuindo as responsabilidades a partir das cidades, de baixo para cima, exatamente ao contrário do que temos hoje.

Estado mínimo, não significa Estado ausente. Estado mínimo é deixar as pessoas trabalharem, produzirem, desenvolverem ideias e fazer o papel de fiel de balança quando necessário. Já o Estado ausente é aquele em que vivemos hoje, onde os Poderes se confrontam e atropelam as atribuições uns dos outros visando preservar suas respectivas "boquinhas".

Se arrumarmos as questões de infraestrutura, aos poucos acabaremos com a pobreza, com a bandidagem, com os atravessadores, com os cambistas, despachantes e toda sorte de gente que suga a energia das pessoas aproveitando as rachaduras da nossa máquina velha e carcomida e por extensão acabamos com a corrupção.

Tecnologia existe, questão de colocar em funcionamento. A pessoa com capacidade para conduzir esse processo, também existe, mas não fará tudo o que falta. Isso vai levar 20 ou 30 anos, desde que saibamos afastar toda a galerinha faminta para sentar na cadeira mais importante do país e nossa arma não é o voto, mas a atenção em saber quem são de verdade os que pleiteiam esse voto. A palavra-chave é "antes", porque depois de "Inês morta", restará apenas o enterro.

Eu sei que a pressa pode nos trazer outra caricatura para ocupar o cargo, então sugiro conhecer o trabalho de todos antes de sair fazendo campanha para gente que coloca o Brasil na lupa de um único problema, cuja única intenção é sentar na cadeira e usufruir das benesses que ela proporciona.

Nossa impaciência ou preguiça, delegou as funções nobres do país a muita gente sem qualificação e agora que está doendo muito no nosso bolso e na nossa vida é hora de aguentar como nunca fizemos antes e eleger aquele que reúne todos os requisitos para nos governar. Preste apenas bastante atenção.

Brasil. Não é dessa vez ainda. Melhorar é questão de tempo. Sejamos sensatos. Há muita lama para pisar e limpar.

Pedro Reis é jornalista, ambientalista e artista plástico. Editor do FarolCom e do FarolCom Inteligência

Pedro Reis
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Invisibilidade política e as redes sociais

As redes sociais dão a falsa impressão de que o mundo inteiro está te vendo. Tudo e principalmente porque a maioria ainda pensa em volume, quantidade, enquanto que na internet como um todo, o que importa de verdade é a qualidade. Se você não tem conteúdo, uma causa afinada com sua atividade, os mecanismos de busca simplesmente vão te ignorar.

É preciso aparecer nos resultados das buscas que o cidadão faz antes da hora da urna
Invisibilidade política e as redes sociais - É preciso aparecer nos resultados das buscas que o cidadão faz muito antes da hora da urna | ilustração/TSE

Na política não é diferente. Fan page no Facebook, perfil no Twitter, Instagram, Google+, LinkedIn, curtidas, comentários, corações, seguidores e todo tipo de sinalização não são garantia de que o político seja lembrado e mais do que isso, receba o voto, vital para a sua carreira.

Contato direto com o eleitor, segmentado e periódico, conteúdo alinhado com as necessidades do grupo de suporte (povo, associações e instituições) são as armas eficazes para fazer toda a diferença nas campanhas e o mais importante, com um custo operacional muito menor.


Facebook


O modelo de negócio do Facebook é totalmente voltado aos interesses dele próprio e na minha visão e experiência uma rede sem futuro pelo simples fato de que ele precisa de consumidor para justificar o dinheiro dos anunciantes.

Não há nada que ofereça conteúdo relevante ou que construa autoridade, nada que se possa fazer com o que aparece por lá, um "Orkut" cuja moda passou e o Google inteligentemente descontinuou. Uma bolha que está prestes a estourar.

Cada dia mais o Facebook se especializa em se tornar um gigantesco catálogo telefônico no formato eletrônico, nada mais do que isso. De tanto que se segmenta, vai acabar não atendendo ninguém. Uma bolha que condena bilhões ao ostracismo, um instituto de pesquisa que serve para coletar dados de consumo que provavelmente são vendidos aos donos do mercado internacional.

Marketing de conteúdo


Significa basicamente que o seu conteúdo quanto mais relevante, inédito e autoral, mais vai alimentar os mecanismos de busca (aquilo que as pessoas buscam quando digitam um assunto no Google). É lá no assunto de interesse do internauta que o seu nome precisa aparecer e saber associar isso de maneira natural é a chave que abre o cofre.

Você será lembrado pelas ações e pela defesa ou ataque que fizer de cada tema. Isso é o que vai ficar registrado nos bancos de dados da internet, nada mais.

E se esse registro não tiver espaço para o seu posicionamento oficial, mais valerá a opinião dos outros (jornais, revistas, grupos ativistas e assemelhados) e se isso for contra a sua intenção, será muito difícil corrigir o estrago. Razão pela qual é mais do que urgente que você tenha um blog ou site e pessoas trabalhando para deixar seu ponto de vista bem às claras e mais rápido que as outras opiniões.

Transparência


Mais do que em qualquer outro tempo, a transparência nas atitudes é o grande diferencial. Se o seu posicionamento além de relevante, inédito e autoral for transparente, vai poupar muito dinheiro e sola de sapato.

Eleitorado


Nas eleições municipais em Uberlândia de 2016 a quantidade de votos que elegeu os 27 vereadores foi menor que a que elegeu o grupo anterior em 2012. Os campeões de voto em 2016 tiveram a metade dos votos dos campeões em 2012 e a tendência é que isso se torne mais acirrado, alimentado pelo fogo do descrédito que assola a classe política atualmente.

Eleição para vereador em Uberlândia (2012)


444.792 – eleitorado total
70.307 – abstenções
16.238 – brancos
14.179 – nulos
344.068 de votos válidos

95.650 – foi a soma dos votos dos 27 eleitos. (Média de 3542 votos)

Eleição para vereador em Uberlândia (2016)


478.250– eleitorado total
92.545 – abstenções
19.829 – brancos
27.683 – nulos
338.193 de votos válidos

89.010 – foi a soma dos votos dos 27 eleitos. (Média de 3296 votos)

Compare os números e pense se pode existir uma maneira de reverter esse quadro.

Eu tenho propostas.


Pedro Reis
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